ValterNews 153 15.12.2013
"Num esforço elogiável, os Diretores do
Instituto Juazeiro, Ana Speck e Renato Müller, conseguiram viabilizar, em duas
Secretarias conhecidas pelas morosas aprovações de Projetos, SOL e SDR, no
prazo de duas semanas, a realização para a Instância de Governança do Turismo
da Grande Florianópolis, que abriga os Destinos Indutores do Turismo Brasileiro,
para a sua Regionalização, o PRIMEIRO CICLO DE PALESTRAS TURISMO ALÉM DO SOL E
MAR. O Encontro, com pouco mais de 20 pessoas, foi em Ribeirão da Ilha, na
Pousada e Restaurante do Museu, único Estabelecimento que confiou no Grupo, com
pagamento prorrogado, porque o repasse financeiro ainda está em “trâmites”. A
programação muito boa, com palestras técnicas de grande valor, inclusive uma
delas ministrada por Max Gonçalves, ex Presidente do FCVB. O local, muito
agradável, (...) é todo rodeado de plantas, flores e árvores nativas, inclusive
com as orquídeas nativas da Ilha de Santa Catarina. O tema do Evento dizia que
“Estamos Juntos para Construir Novos Caminhos Turísticos”, e é isto que estamos
tentando fazer na Região da Grande Florianópolis.
No auditório, durante as palestras, um
cachorro, do tipo salsicha, passeava tranquilamente entre as nossas pernas,
avisando-nos para prestar atenção no que estava sendo dito. Afora os
palestrantes que não eram da Região, só estavam duas pessoas de São Bonifácio,
o restante de Florianópolis, logo se entende que a Região não prestigiou em
nada aquilo que seria tão útil para eles.
Quem perdeu ficou mais pobre culturalmente e ainda menos capacitado para
implantar o turismo em suas cidades. O primeiro palestrante, Renato Muller, que
é Guia Especializado em Atrativos Naturais, deu-nos excelentes informações de
como funciona o setor e que está se tornando um dos grandes atrativos na Região
da Grande Florianópolis.
O Palestrante Max Gonçalves Filho
falou de Turismo Religioso, no foco da fé, do peregrino, não importando a qual
religião pertença e deu excelentes dicas para hoteleiros aproveitarem este
nicho, mas eles não estavam lá. Para
que, não é? Eles acham que ficando de braços cruzados o cliente vem mesmo
assim. Disse que o comércio, seja ele
hoteleiro, restauranteiro, pousadeiro ou lojista, deve facilitar a
religiosidade das pessoas, porque todo turista em si já é um religioso. Deu
exemplos de como ninguém sabe vender este produto. De Rio do Oeste vieram os
palestrantes Silvana Sacani e Carlos Filagrana, para falar de seu projeto
Turismo no Alto Vale do Itajaí, cujo tema foi impresso em cartilhas que são
distribuídas nas Escolas Públicas.
Max Gonçalves acha que o turismo
depende muito do governo, sem suas ações é impossível implantar turismo em
qualquer lugar. Criar políticas apropriadas, cuidar da infraestrutura. O Peru tem a melhor estrutura turística da
AL. O turismo brasileiro precisa de cultura, treinamento e divulgação. Destacou que 42% dos custos de um Hotel são
para os Serviços e o restante tem que ser dividido entre o lucro, expansão,
depreciação, impostos e reformas. Falou também da Copa do Mundo que pretende
viabilizá-la com 50% de Voluntários, cujo serviço é improvável de ser bom.
Disse ter deixado o FCVB por várias razões, entre elas porque os seus
representantes não se entendiam, as entidades queriam somente brigar uma com as
outras. Critica que ninguém quer trabalhar no ramo, porque a ideia é mal vendida
para os futuros trabalhadores e porque também não são pagos adequadamente.
A última palestra, de Ana Speck, falou de
cultura, da economia criativa, acompanhada de castanholas por ela mesmas
executada, em seus 450 ritmos, agudos e graves.
O grupo foi recebido com café da
manhã, coffe break às dez horas, almoço com frutos do mar (peixe com pirão) e
café da tarde. Cada um pagou apenas o
almoço, não incluído na programação. O ingrediente principal do almoço foi à
anchova, (...).
Todo o Espaço, incluindo Pousada,
Museu, Restaurante e demais instalações, tem um nome bastante pomposo: Complexo
Turístico Eco cultural do Ribeirão da Ilha – Pousada.#
Valter José da
Luz, associado à Instância de Governança da Grande Florianópolis representando
a ABIH. Professor em cursos de qualificação profissional atua há mais de 50
anos na área do Turismo e Hotelaria. Trabalhou, entre outros, nos hotéis
Diplomata e Intercity e no SENAC. Foi um dos fundadores da ABIH-SC, do
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Grande Florianópolis e
do Skal/SC, o qual presidiu por quatro anos.