quinta-feira, 30 de maio de 2013

Homenagem ao Carnaval - Renato Müller

CARNAVAL EM FLORIANÓPOLIS

Sociedade Carnavalesca Granadeiros da Ilha - Navio/ 1958


É muito bom viver na capital
Somos a Ilha da Magia
E de muita folia
Principalmente no carnaval



É tempo de muita alegria
De enterrar a tristeza
Brincar por noites e dia
E de ser feliz, com certeza

É uma festa popular
E também da realeza
Todos vem participar
Povo, rainha e princesas

Sociedade Carnavalesca Granadeiros da Ilha, 
carro alegórico - Carro da Rainha/ 1962.

Esse reinado tem dono
Não é Roberto nem Pelé
O seu nome é Rei Momo
Que tem muito samba no pé

Nosso carnaval tem tradição
Doze e Lira com os bailes de salão
Blocos de sujo na praça
Se divertindo e fazendo graça

Aqui na cidade já foi atração
O desfile das grandes sociedades
Que deixaram muita saudade
Com seus carros de mutação

Sociedade Carnavalesca Granadeiros da Ilha, 
Carro de Mutação/1962.


Os carros de mutação despertavam sorrisos
De uma alegria singela e pura
Os desfiles eram transmitidos ao vivo
Pela saudosa TV Cultura

Tenentes do Diabo e Trevos de Ouro eram muito queridas
A Limoeiro era uma verdadeira maravilha
Mas a minha sociedade preferida
Era a Granadeiros da Ilha

João dos Passos Xavier


João dos Passos Xavier foi fundador
Da sociedade Granadeiros
Homem de muito valor,
Brioso e grande guerreiro

Não se pode deixar de lembrar
A Philarmônica Desterrense
Que só fez orgulhar
Nosso estado catarinense

Hoje tudo é diferente
Não tem mais os bailes de salão
Nem Philarmônica Desterrense
Nem carros de mutação

Aquela festa de alegria
Que acontecia na praça
Perdeu a sua magia
E virou uma grande arruaça

Além dos vários foliões
Que caem no samba e na dança
A festa tem muitos ladrões
Que aumentam a insegurança

Bêbados e drogados
Atrapalham a festa popular
Geram medo e desconforto
Aos que só querem brincar

Violência e vandalismo
São conseqüências do progresso
Mas há quem ainda acredite
Que nosso carnaval é um sucesso

Eu tenho na minha lembrança
Que o melhor do nosso carnaval
Foi no meu tempo de criança
Quem sabe um dia volte a ser igual.
Não posso perder a esperança! 

Renato Lisbôa Müller.












Nenhum comentário:

Postar um comentário