quinta-feira, 28 de março de 2013

Tijucas

Terra de boas energias
13 de junho de 1860


O município de Tijucas, distante 50 km da capital Florianópolis, tem cerca de 30 mil habitantes e possui uma área de 278,91km². Seu nome é herança dos índios Carijó, por chamarem o vale por onde o rio Tijucas passa de "Ty"-"iuc", cujo significado é lama, brejo[1].
  
Foto: Renato Müller

Esta ‘lama’, que acabou por batizar Tijucas, é tão somente o excesso de sedimentos que acaba inviabilizando o uso de suas praias para banho
[2].

Tijucas teve grande desenvolvimento econômico no século passado, sendo o comércio a agricultura e a indústria a base de sua economia.
Tijucas vive principalmente da plantação de cana-de-açúcar e da cerâmica, cuja empresa Cerâmica Porto Belo é sua grande referência. Tendo na diversidade cultural um forte apelo turístico[3].
Graças ao empenho de duas famílias tijuquenses a comunidade ganhou um Instituto e um Museu, que hoje servem como atrativo turístico para a região.

Instituto Mathilde Bayer
Casarão Bayer
Inauguração 13 de junho de 2003

Foto: Renato Müller

 O Instituto Mathilde Bayer busca, além de preservar o nome e a tradição da família, oferecer suporte ao desenvolvimento sócio-econômico dos moradores do Vale do Rio Tijucas.


 Museu de Tijucas
Casarão Gallotti
Inauguração 07 de maio de 2012
Foto: Renato Müller

 O Museu de Tijucas, implantado a partir do edital “Mais Museus” do Ministério da Cultura, MinC, conta com um museólogo contratado através de concurso público.

O Museólogo Tiago Lessa de Miranda  diz que “...o Museu será composto por salas temáticas, onde estarão expostos objetos, fotos, móveis e outros materiais que resgatam aspectos como: Território, Gente da Terra, Lazeres e Sociabilidades, Celebrações e Tradições e Saberes e Sabores. Já em homenagem à família estão sendo montados os espaços: ‘Benjamin Gallotti’, ‘Entra, a Casa é tua’ e ‘Casarão Restaurado’[4]”.

Que Tiago possa continuar o belíssimo trabalho que vem desenvolvendo. Nada melhor do que contar com profissionais qualificados e competentes. Tijucas e turistas só têm a ganhar.

Cine Theatro Manoel Cruz   
24 de janeiro de 1926
Foto: Renato Müller.


Foto: Renato Müller


Foto: Renato Müller

Agora é torcer para que o antigo Cine Theatro Manoel Cruz, inaugurado por Manoel Miranda da Cruz Sobrinho, tenha a mesma sorte. A edificação é linda, mas está caindo, conforme mostram as fotos acima.
A preocupação com a preservação do Cine Theatro é antiga, tanto que, em 1998 foi tombado como Patrimônio Histórico de Santa Catarina. Contudo, até agora, pouco se tem feito para efetivamente preservá-lo. Em menos de dois meses, no fim de 2012, ele sofreu dois incêndios. O primeiro, em uma das escadas que dá acesso ao segundo andar[5], e o segundo, quando andarilhos atearam fogo no casarão[6]. Em ambas as ocasiões o pronto atendimento dos bombeiros evitou um mal maior. Outra forma de degradação é pela infiltração de água em decorrência do destelhamento. Sem contar que a ocupação por grupos de andarilhos coloca em risco, não só a edificação, mas a própria comunidade.






                                                       www.ijz.org.br








[1] Dell’Antonio, Lino João. Nomes indígenas dos municípios catarinenses: significado e origem. Blumenau: Odorizzi, 2009.
[2] Silva, Eunice Assini da. Conhecendo Santa Catarina: opções turísticas. Itajaí: Editora da Univali, 2000.
[3] Guia de Atrações e Empreendimentos Turísticos de Santa Catarina. Florianópolis: SEBRAE, 2001.
[4] http://www.tijucas.sc.gov.br/noticias/25-04-2012/Museu-de-Tijucas-sera-inaugurado-dia-4
[5] http://ndonline.com.br/tijucas/noticias/20649-casarao-do-cine-teatro-agoniza-em-tijucas.html
[6] http://ndonline.com.br/tijucas/noticias/21991-andarilhos-ateiam-fogo-em-casarao-historico.html

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